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quinta-feira, 19 de maio de 2011

O VIOLÃO MÁGICO - RAPHAEL RABELLO


 Rafael Baptista Rabello nasceu em Petrópolis em 31 de outubro de 1962 e faleceu em 27 de abril de 1995, no Rio de Janeiro. Apesar de sua curta carreira, Raphael (conforme a grafia que ele mais tarde adotaria) conseguiu se tornar uma lenda e um ícone do violão brasileiro, cuja influência sobre as novas gerações está mais viva do que nunca. Ele era um arranjador e violonista extremamente requisitado pela elite da MPB e fez mais de 400 gravações como acompanhante.

Ele nasceu em uma família musical e sua principal influência foi o Choro tradicional. Como resultado, ele era um improvisador por natureza e também começou a tocar violão de 7 inspirado por Dino 7 Cordas. Embora Raphael tocasse em um 6 cordas a maior parte do tempo, o que ele fez pelo violão de 7 foi tão significativo que ele passou a ser considerado um marco na história do instrumento.

Raphael recebeu influência de uma variedade muito eclética de músicos que incluíam os eruditos Villa-Lobos e Radamés Gnattali, chorões como Dino 7 Cordas, Garoto, Dilermando Reis e João Pernambuco, compositores populares como Tom Jobim e Capiba, bem como o espanhol Paco de Lucia. O resultado foi uma musicalidade única e forte, era muito fácil reconhecer Raphael tocando logo no primeiro acorde.



Lembro até hoje na primeira vez que ouvi o Raphael tocar tinha 13 anos , fiquei fascinado por aquele toque não sabia que era possível tocar um violão dessa forma. Seu acompanhamento era muito bonito era mágico, vendo ó tocar parecia fácil o violão em suas mãos não era um sacrifício mais ele interagia com ele parece que fazia parte do seu corpo. Mais lembro que meu irmão me mostrou uma fita cassete com ele interpretando a obra de Dilermando Reis, não parei mais de ouvir tinha todas as ordens das músicas na cabeça. Depois comecei a procurar por sua obra, comprei uma outra fita dele com Deo rian interpretando músicas clássicas violão e bandolim da ai pra frente não parei mais. Até hoje ainda escuto coisas dele que antes passavam despercebido é vejo que bom gosto ele tinha e a sensibilidade de escolher cada nota, cada acorde, cada baixo e cada frase bem colocada. Pode ate ser pretensão minha mais não existiu e nem vai existir um outro Raphael Rabello e se existir só daqui a duzentos anos.

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